Desde então, a popularização e a facilidade de se ter acesso às informações, antes restritas às mídias impressas e televisivas, permitiram que qualquer pessoa lesse (interpretar corretamente já são outros quinhentos) e emitisse uma opinião, compartilhando o que julgasse certo ou errado, e não raramente num movimento movido ao ímpeto de exaltação.
Quem não conhece casos de amizades de anos serem desfeitas por posições políticas antagônicas ? Antes havia a discussão calorosa na mesa do bar e que varava madrugada adentro. Rodadas de cervejas e depois cada um voltava para sua casa e a vida seguia sem rancores. Hoje palavras são digitadas, lançadas ciberneticamente no calor do momento se perpetuando como gritos, como voz da verdade, a qualquer momento do dia, e de madrugada para os insones. Opiniões são colocadas muitas vezes com a profundidade de um pires, sem leitura, compreensão, sem apuração da veracidade sobre o que se está "comentando". Não somente aos amigos. Mas diante de milhares de desconhecidos também (muitos esquecem que um post é um mural na calçada, mas numa calçada imensa e pública).
É necessário, sempre, um periodo de introspecção. Se manter numa distância de julgamentos, parar para ler atenciosamente o que de fato nos interessa e principalmente : respeitar a opinião do próximo, se colocar no lugar do outro, sempre. E aproveitar o que esta forma de interação nos oferece de bom, de conhecer conteúdos e pessoas distintas que agreguem bem estar. Aprender coisas novas e resgatar antigos amigos. Fazer novos.
Curiosamente essa semana fiz um bolo que sem querer se transformou num desenho lindo para os tempos atuais. Batizei de bolo peace & love. Mais amor por favor.
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